A BOLINHA DA DISCÓRDIA

Que a bolinha de papel jogada no Serra foi um dos grandes "fatos políticos" da semana, não se discute. Os oposicionistas insistem que era outra coisa, um rolo de fita adesiva, ou sei lá o quê com capacidade real de machucar. Estão valorizando o ataque, se fazendo de vítimas.

Os governistas, por outro lado, debocham da suposta fragilidade do Serra, que teria feito frescura por causa de uma bolinha de papel. Se tivessem jogado uma bolinha de papel na cabeça da Dilma durante um comício ou passeata, sabe o que fariam seus militantes raivosos? Diriam que foi um "ato desesperado de uma elite nojenta que não sabe dialogar". E ainda iria aparecer um dizendo: "Agora foi uma bolinha de papel. Depois os inimigos do povo vão jogar o quê? Uma pedra?"

Ou seja, os governistas estão, ardilosamente, fazendo a coisa cair no ridículo. E jogar coisas num candidato oponente é um gesto anti-democrático. E os oposicionistas também estão transformando a coisa num cavalo de batalha.

Lendo as manifestações de um e de outro lado, tenho cada vez mais certeza: A política me dá nojo. E estou pegando bronca de amigos que se portam como políticos ardilosos, querendo manipular as opiniões de seus contatos por acharem que sabem o que é bom para todos, ignorando as falhas dos candidatos que apóiam e transformando tudo na luta do bem contra o mal.

Não vejo a hora que essa merda acabe logo e as pessoas que tinham bom senso voltem a ter.

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