A cobrança de ter alguém ao lado > Suzana estava completando 20 anos de casada quando o marido quis a separação. Apaixonado por outra mulher, arrumou as malas e foi embora. Sem entender bem o que estava acontecendo, Suzana chorava muito. Com grande esforço, tentava reagir e para recomeçar a viver. Além de cuidar sozinha casa e dos filhos, precisava procurar um trabalho e, o mais difícil de tudo, responder a uma pergunta que passou a atormentá-la, após tanto tempo à sombra do marido: “Quem sou eu?”

Pouco depois da separação, foi passar um fim-de-semana no sítio de uma amiga. Na despedida, num tom de cobrança carinhosa, a amiga a abraçou e disse: “Da próxima vez quero te ver com um namorado!” Foi péssimo. Voltou para casa mais infeliz ainda.

Os dias foram passando e nada do namorado aparecer. Suzana começou a ficar aflita, passando a se sentir desinteressante. As tentativas para viver um romance se intensificavam e, na busca incessante, saía com freqüência em companhia de três amigas, também separadas. “Sempre saímos juntas no meu carro. Procuramos uma vaga, estacionamos, sentamos num bar ou restaurante, onde todas sondam o ambiente. Até que uma diz: ‘Não tem homem’. Levantamos, tiramos o carro da vaga e procuramos outro lugar para ir.”

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As pessoas buscam desesperadamente o amor, não importando muito se a relação amorosa é limitadora ou monótona. Qualquer coisa é melhor do que ficar sozinha. É fundamental ter um homem ao lado, o resto se constrói, ou se inventa. Acredita-se tanto nisso que sua ausência abala profundamente a auto-estima, fazendo com que muitas mulheres se sintam desvalorizada

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