Estratégias equivocadas > Ana tem 45 anos, duas filhas casadas e está separada há muito tempo, mas ainda alimenta grande esperança de encontrar o homem da sua vida. Para isso freqüenta, com algumas amigas, restaurantes caros. Entretanto, estabelece várias regras que acredita torná-la mais atraente para os homens. Recentemente, conheceu alguém que se encaixava perfeitamente no seu ideal. Rico, separado, gentil. No segundo encontro foram ouvir música num bar elegante. Abraços e beijos. No entanto, ao ser convidada para um champanhe no apartamento dele, recusou, reagindo como uma virgem ofendida. “Os homens não valorizam as mulheres que vão para a cama com eles no início”, explica.

Seguindo à risca sua cartilha, descreve alguns aspectos da visão que tem da mulher feminina: “Quando estou com um homem num restaurante, jamais abro a bolsa. Seria muito deselegante tentar dividir a conta. Os homens não gostam de mulheres que tomam essas iniciativas. Sou muito feminina, romântica mesmo, por isso deixo que eles paguem tudo sempre. E tenho certeza que um homem valoriza a mulher que só aceita sair com homem de posição.”


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Para muitas mulheres, ser feminina significa ajustar sua imagem de acordo com as necessidades e exigências dos homens. E o principal objetivo para a maioria continua sendo o casamento, visto como insubstituível fonte de segurança. A mulher foi ensinada a acreditar que não é capaz de viver por conta própria, necessitando de proteção. Tanto a que se sente insegura e frágil quanto a que se sabe competente, mas representa o papel feminino para agradar ao homem, são mulheres dependentes. Ambas acreditam necessitar de um homem ao seu lado, sem o qual não imaginam poder viver.

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