No consultório: Meu marido é um bebê > Sofia, uma bonita mulher de 39 anos, contava numa roda de amigas o que tem passado com o marido acamado em casa, com uma virose que o impede de ir ao trabalho. Segundo recomendação médica, Alfredo passa o dia em repouso e solicita sem trégua os cuidados da mulher. “Parece mentira. Ele exige que eu lhe dê comida na boca. Mas isso não é o pior. Quando está satisfeito, não me avisa. Faz “bruu”, soprando a comida pra todos os lados. Parece que regrediu para uma fase anterior à fala.”

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Ainda persiste a idéia de que o homem evita relacionamentos íntimos, foge de compromissos, principalmente do casamento. Mas em alguns casos isso é apenas uma defesa. Entrar numa relação amorosa pode colocá-lo diante do seu próprio desamparo e do desejo de ser cuidado por uma mulher. Apesar de muitos homens, ao casar, se tornarem submissos e dependentes, há algum empenho em disfarçar.

Por isso, poucas vezes o homem tem oportunidade de relaxar, de baixar a guarda. Ficar doente, mesmo sem gravidade, é um ótimo pretexto. Entregam-se despreocupados ao saudoso cuidado materno, agora exercido geralmente pela namorada ou esposa. Solicitam atenção integral e até gostam de ser tratados como bebês, embora o exemplo chegue a ser patético.

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