No século XIX, a mulher era considerada indefesa ou estúpida. “Deus! Ela é como um cordeiro branco como leite que bale pela proteção do homem.”, exclamou o poeta Keats. O escritor Michelet lamentava a dor, languidez e fraqueza suportadas por essa pobre criatura por causa da menstruação. Ele dizia: “Nessa cicatrização de um ferimento interno, 15 ou 20 dias de 28 (podemos dizer quase sempre) a mulher é não somente uma inválida, como alguém ferido.”

Comte viu a feminilidade como uma espécie de infância prolongada e Balzac achou que as mulheres eram incapazes de raciocinar ou de absorver conhecimento útil dos livros. Hegel considerava as mulheres capazes de educação nas artes inferiores, mas de jeito nenhum nas ciências avançadas, na filosofia ou mesmo em algumas formas de arte.

Trecho de O Livro do Amor, de Regina Navarro Lins. Lançamento: 2012.

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