No consultório: Sedução compulsiva > Lia e Fábio, casados há 18 anos, moram com os dois filhos adolescentes numa bela casa. São companheiros em tudo, inclusive na profissão: ambos são médicos. Com freqüência organizam almoços e festas, onde, além dos próprios convidados, recebem os amigos dos amigos. São tidos como modelo de casamento e invejados por muita gente.

Há, entretanto, uma singularidade nessa relação: em cada encontro social, Lia procura seduzir algum homem. Se está sozinho ou acompanhado não faz a menor diferença. Ela ignora totalmente a namorada ou mulher dele, que fica assistindo perplexa sem saber o que fazer. Afinal, o marido de Lia está presente. Sempre após algumas doses de uísque ela se insinua e dependendo de seu teor alcoólico pode se tornar bem ousada.

Fábio, para espanto geral, assiste a tudo passivamente até o momento em que se retira para seu quarto com uma expressão indefinível no rosto. No dia seguinte, Lia comenta com as amigas a noite de sexo ardente que viveu com o marido depois que todos foram embora.

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Muitas vezes um casamento cai na rotina e não provoca mais nenhum tipo de emoção. Se as pessoas não conseguem se separar, criam estratégias para manter a relação. O ciúme, então, pode ser construído para ‘trazer o amor de volta’ e aumentar o desejo sexual quando ele já não mais existe. A competição com um rival real ou imaginário é estimulante e serve para aliviar o tédio que domina a relação. Mas, geralmente, essa estratégia funciona por pouco tempo.

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