Em entrevista, Flexa Ribeiro defende plebiscito

O Senador Flexa Ribeiro concedeu entrevista nesta quarta-feira (11) para a Rádio Senado, onde o tema abordado foi a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do plebiscito para a criação dos Estados do Carajás e Tapajós.

"Este é um tema que vem sendo discutido há bastante tempo. Eu próprio me coloquei favorável ao plebiscito porque entendo que é parte do processo democrático ouvir a população do Estado sobre o pleito das regiões sul e oeste do Pará pela criação de novos Estados, pelo desmembramento das regiões do Carajás e Tapajós", disse Flexa.

O senador explicou ainda sobre os projetos aprovados e a tramitação de cada um deles. O PDC 2300/2009-B, que trata do plebiscito do Carajás, foi enviado para promulgação e o PDC 731/2000, que estabelece plebiscito para o Estado do Tapajós, retornará ao Senado, por ter tido seu texto modificado na Câmara dos Deputados, já que foram incluídos os municípios de Senador José Porfírio e Mojuí dos Campos na relação de municípios que comporiam o Estado do Tapajós.

"Importante esclarecer que o que foi aprovado é apenas o processo de ouvir a população de todo o Estado para que ela se posicione sobre a intenção ou a vontade do desmembramento do Pará em mais dois Estados. Agora, esse processo será precedido evidentemente de uma campanha de esclarecimento de todo o povo paraense das consequências da divisão do Estado e de como é que o território paraense ficaria com sua divisão, quais as condições econômicas dos novos Estados e sua capacidade de sustentabilidade.

O repórter, Jefferson Dalmoro, questionou quais conseqüências são esperadas com a criação dos Estados. "Para esclarecer bem isso haverá um debate bastante intenso. Não só quanto à questão política que se vê num primeiro momento, mas também a questão econômica e social. Não basta querer criar novos Estados. É preciso que eles tenham potencial econômico, que possam garantir crescimento e dêem à sua população capacidade de geração de emprego e qualidade de vida em melhores condições do que elas hoje tem no Estado único como é o Pará", afirmou Flexa Ribeiro.

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