No consultório: Orgasmo religioso> Recebi o seguinte e-mail de um leitor: “Sou advogado, 36 anos, separado de dois casamentos. Há mais de um ano me apaixonei por uma estagiária do meu escritório, mas somente há dois meses consegui que ela aceitasse sair comigo.

A partir daí começamos um namoro em que nos encontramos todos os dias, no trabalho e fora dele. Cíntia, 20 anos, demorou algum tempo para admitir dormir lá em casa e transar comigo. Isso aconteceu duas vezes na semana passada. Mas me desencantei totalmente. Parece mentira...nas duas vezes em que transamos a coisa se repetiu.

Cíntia é linda, adoro seu corpo, seu cheiro, seu jeito de ser, mas assim não dá... No meio do lance, quando ela está muito excitada, quase atingindo o orgasmo, ela começa a rezar! É patético...Ela geme e diz: “Pai nosso que estais no céu...ai...ai. ai...santificado seja o vosso nome...ai... ai... ai... E aí ela emenda com Ave-Maria, Salve Rainha...Pra mim não dá... não há tesão que resista.” Teo

***

Ao contrário de outras culturas em que o prazer sexual é valorizado e existem formas de iniciação para que se alcance o máximo de satisfação, no Ocidente, o sexo é acompanhado da idéia de pecado. O corpo é visto como inimigo do espírito, e há uma expectativa de que todos se sintam culpados e envergonhados dos seus órgãos sexuais e suas funções.

Além disso, a virtude é o sofrimento e, portanto, o prazer não é visto com bons olhos. Assim, fica impossível haver uma troca real de prazer entre as pessoas e o desenvolvimento de uma sexualidade sadia.

Reply · Report Post