Prazer proibido? > Recebi o seguinte e-mail de um leitor: “Eu e minha esposa compramos um vibrador para usarmos nas nossas relações. A principio ela tinha vontade de, quando eu a penetrasse anal, sentir o vibrador na sua vagina, mas com o tempo ela começou a usá-lo em mim. Passamos a gostar da brincadeira. Depois vem aquele grilo: será que não estou fazendo uma coisa imoral, extravagante... sei lá. Só sinto vontade de transar com mulher; jamais fantasiei estar com um homem na cama. Será que tem algo errado em mim?” Fábio

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A preocupação do leitor, embora desnecessária, é comum a muitos homens. Para Freud, a libido se desenvolve em fases; na infância o prazer se desloca por algumas áreas do corpo, que passam a ter a primazia como zonas erógenas. A fase oral é a primeira, e aproximadamente entre dois e quatro anos vem a seguinte, a fase anal. A zona erógena é a mucosa do ânus, onde a criança sente prazer na estimulação durante a defecação.

Na vida adulta, a estimulação anal é muito excitante para homens e mulheres, que, mesmo sem penetração, muitas vezes se tocam nessa área durante o ato sexual. Mas são poucos os homens que não se retraem quando a mulher tenta introduzir o dedo ou apenas acariciar seu ânus. O pavor de se imaginarem homossexuais faz com que percam a oportunidade de experimentar uma nova sensação de prazer.

Ter prazer com a estimulação anal não significa absolutamente homossexualidade. Homossexualidade se caracteriza pela escolha do objeto de amor — uma pessoa do mesmo sexo — e nunca pela área do corpo que proporciona prazer.

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