Os Anos Loucos > O período de dez anos após a primeira guerra mundial, conhecido como “Os Anos Loucos” (1920 a 1929), é de grande prosperidade econômica. A guerra, terminada há pouco, é um pesadelo cuja lembrança deve ser banida para bem longe. Inaugura-se então um novo estilo de vida, onde todos devem aproveitar ao máximo o momento presente. Ser diferente, libertar-se das amarras de preconceitos vividos há tanto tempo é a grande aspiração. Assim, podem ser satisfeitos os desejos de uma sociedade que busca entretenimento, luxo e cultura.

Paris é o palco de um despertar cultural incomparável a qualquer outra época e se torna o centro do mundo na década de 20. Os maiores expoentes da arte, além de muitos milionários, vivem ou visitam a cidade. Trata-se de uma década revolucionária e charmosa. A fantasia, a ousadia, a criatividade juntas permitem que o progresso se instale. As carruagens dão lugar aos automóveis.

O novo público frequentava boates, ao som do jazz. O bairro de Montparnasse, onde os artistas se instalam, vira moda. Com a necessidade de relaxar as tensões acumuladas pela guerra, os anos 20 veem reflorescer culturas sexuais mantidas debaixo do pano mais que pulverizadas pela ofensiva vitoriana. Adota-se um frenético estilo de vida.

Nos Estados Unidos, quem melhor representa o período é o escritor F. Scott Fitzgerald. Em seu livro "O grande Gatsby", ele mostra bem como é a mentalidade da época: a vida deve ser aproveitada ao máximo em diversão. A bolsa de valores produz, a todo momento, novos milionários que ajudavam a promover festas deslumbrantes.

Trecho de O Livro do Amor, de Regina Navarro Lins. Lançamento: 2012.

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