No consultório: Prepotência masculina > Telma tem 24 anos e trabalha no escritório de uma grande empresa. Sua família não tem recursos e ela é a única a sustentar as pessoas com quem vive: a avó e o filho de quatro anos, que teve sozinha. Bonita e com um corpo escultural, logo encantou o chefe do seu setor. Começaram um relacionamento amoroso e há seis meses vão duas ou três vezes por semana a um motel. Ele, um homem casado de 39 anos, lhe dá eventualmente alguma ajuda financeira. O problema é que Telma não pode desagradá-lo.

“Na última briga ele ficou com raiva porque não o procurei para fazer as pazes. Eu não queria mesmo encontrá-lo. Aí ele insistiu para irmos ao motel só pra conversar com calma. Quando chegamos lá ele me pegou à força, arrancou minha roupa, me amarrou nua de bruços na cama e tapou a minha boca para eu não gritar. Dessa forma fez sexo anal comigo, com toda a brutalidade.”

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A violência masculina varia de uma sociedade para outra e de um indivíduo para outro. É claro que nos lugares em que a mística masculina ainda domina, ela é bem mais perigosa. Na década de 1970, a Comissão Norte-americana para as Causas e Prevenção da Violência observou que “ provar sua virilidade exige que o homem, com freqüência, manifeste brutalidade, explore as m

ulheres e tenha reações rápidas e agressivas”. Não há dúvida de que um grande número de mulheres alimenta o temor de serem violentadas. Para vários estudiosos o grande culpado é a mentalidade patriarcal, que encoraja o estupro das mulheres como expressão simbólica do poder do macho.

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