No consultório: Sexo virtual > Laís, 32 anos, acabou de se separar. Há dois anos ela frequenta os chats de bate-papo da internet, mas nunca havia pretendido nada além de fazer novos amigos. Isso até conhecer Gustavo, um dentista de São Paulo. Começaram a teclar e em pouco tempo estavam apaixonados. O sexo virtual foi o passo seguinte que, segundo Laís, só fortaleceu a relação entre eles.

“Olha, não dava pra continuar casada. Sei que pode parecer estranho, mas depois que comecei a transar no virtual com o Gustavo, vi como o sexo com meu marido era morno e sem graça. No virtual experimentei emoções e um prazer no sexo que desconhecia. Eu e Gustavo resolvemos nos conhecer no real e ficamos juntos.”

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Quando a internet surgiu, dizia-se que as pessoas iam ficar cada vez mais solitárias, se relacionando exclusivamente com a máquina. Mas nada disso aconteceu. Os solitários fizeram amigos, os tímidos ganharam coragem para trocar ideias e falar de si, grupos com interesses variados se formaram. Mas muitos continuam sem entender como alguém pode se apaixonar ou fazer sexo pela internet.

O que ocorre é que apesar de os internautas mentirem a respeito de vários aspectos (idade, tipo físico, profissão), não conseguem mentir no que de fato importa: características de personalidade como sensibilidade, inteligência, humor. Quanto ao sexo, o anonimato garante total liberdade de expressão das fantasias e uma ousadia bem maior. As referências são distintas das do mundo real, mas nem por isso a troca de prazer sexual é necessariamente de menor qualidade.

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